Você já notou o quanto surfar na internet interage com suas emoções? Já teve pesadelos após ler alguma notícia violenta ou assistir à um filme de terror? Já percebeu agitação após comer açúcar ou tomar uma xícara a mais de café do que costuma tomar?
Quando nossos sentidos estão conectados com os prazeres do mundo, eles nos deliciam imensamente, porém, também podem nos desgastar e sugar nossa energia. O Yoga propõem uma busca entre os deleites dos sentidos e cessar com que sejamos “escravos” à eles. Um caminho de equilíbrio. Com isso, seguimos o estudo dos Yamas com o Yama Brahmacharya. Ao pé da letra, Brahmacharya significa mover -se ao criador, à Deus. Para isso, iniciamos um processo de abstenção dos sentidos, não permitindo com que sejamos controlados pelas nossas vontades. Nos textos de Patanjali, Brahmacharya é o celibato completo. O que trata-se de uma abstenção dos sentidos. O celibato em si tem como finalidade canalizar a energia que seria canalizada no ato sexual para sua própria iluminação. O chakra Svadhistana, o chakra umbilical, contém intensa energia criativa. Voltamos ao aspecto de equilíbrio, quando tratamos nossas ações em um encontro com Deus, quando tornamos o ato sexual como uma entrega ao divino, não mais estamos apenas presenciando as sensações do corpo e sim do espírito, da alma. Quando nos conectamos com o outro, honrando o divino existente em seu ser, honramos o divino em nós. O ato sexual se torna sagrado, sublime, respeitoso. Afinal, é através desta poderosa troca energética que a vida é gerada. Como qualquer outro ensinamento do Yoga, Brahmacharya em um modo mais extenso de compreensão, nos dá a compreensão do equilíbrio. Se volta para outros sentidos, inclusive. O equilíbrio entre deixar de comer aquele docinho que tanto gosta e comer como se fosse um ato devocional para si mesmo, com respeito e moderação, sem julgamento, culpa ou cobrança. Contemplando esse momento sagrado. Namaste