O significado de Svadhyaya é “estudo de si”, “leitura de si”, o estudo das escrituras sagradas do Yoga que permitem um intenso mergulhar em si, um mergulhar para a imensidão do autoconhecimento.
Esse Niyama abrange o Yoga para além do tapetinho, fazendo um convite para uma observação diária de nós mesmos. De acordo com um dos sutras de Patanjali, é a partir do estudo de Si, do seu Self, que você descobre o divino que habita em ti. Quando começamos a nos observar e identificar padrões comportamentais e de pensamentos, começamos a observar que nossas ações, em maioria, não condizem com quem realmente somos. Para encontrar nossa essência, passamos por essa observação de tudo aquilo que não condiz com ela. Quando o ego fala mais alto, costumamos tomar atitudes que não condizem com nossa essência, com o que realmente acreditamos ser e com a verdade de nossos corações. O ego nos traz as cobranças, as listas de “eu preciso”, e a ilusão de que precisamos melhorar. Quando conseguimos nos aproximar cada vez mais de nossa essência, sabemos que não há o que melhorar. Já somos perfeitos como somos, somos parte de uma energia maior, somos luz. Svadhyaya entra em nossas vidas quando nos abrimos para estudar as escrituras. Escrituras sagradas não necessariamente são escrituras antigas sobre o Yoga, podem ser simplesmente artigos online que trazem o entendimento de como aplicamos os conhecimentos no dia a dia. Escrituras sagradas são o que possibilitam o estudo de Si. Em seu tapetinho, observe como você direciona sua prática. Geralmente, como nos movimentamos no tapetinho, como nos comportamos conosco em cada postura, reflete como direcionamos nosso caminhar diário em nossas vidas. Observe. Como respiro? Onde tensiono meus músculos? Em muitas posturas, tensionamos musculaturas sem necessidade. Observe os pensamentos.
Para praticar Svadhyaya, praticamos Satya (honestidade) para que olhemos para nós mesmos de forma honesta e sincera. Praticamos Tapas (disciplina), pois olhar para si com honestidade nem sempre é algo que queremos fazer. Então, para tornar mais fluido, aplicamos o Ahimsa (não violência), olhando para si sem julgamentos ou críticas, com compaixão e aceitação para o que vamos encontrar no caminho. Respeitando nosso tempo interior e sempre lembrando que somos eternos aprendizes.